Somente por um segundo, mas sim, culpada novamente! Em uma tarde de verão em Nova Iorque eu decidi ir ao centro da cidade. Marilia, a nova babá da casa tinha combinado em me buscar de carro na volta para casa. Tendo feito tudo que eu intencionei em fazer era hora de ir para casa. Ao ver um orelhão, coloquei uma moeda de 25 centavos nele para ligar para ela. Ele engoliu minha moeda, mas, nada de chamada. Eu continuei caminhando, parando para repetir a ação mais três vezes sem sucesso. Foi aí que me deparei com uma Estação de Bombeiros. Pensei: ‘Bombeiros existem para ajudar as pessoas.” Entrando na estação que era um prédio enorme e bem característico com um escritório do lado direito falei com um bombeiro jovem e muito alto e contei-lhe a minha situação. Ele me ofereceu o orelhão deles. E adivinha?! Aconteceu a mesmíssima coisa, agora na frente de um bombeiro. Sendo testemunha ocular ele me ofereceu seu celular e ao perceber minha vergonha de usar o seu telefone pessoal ele riu e disse: “Que tal ir para casa no caminhão de bombeiros?” e riu com vontade. Me sentindo pequena, mas aliviada por ter a opção de usar o celular dele ao invés de pegar uma carona para casa num caminhão de bombeiros eu liguei para Marilia e ela veio me pegar e tudo mais deu muito certo no restante daquele dia tão claro!

Em uma outra situação eu ganhei uma carona por causa de uma caneta. O senhor que viajou na poltrona ao lado da minha no avião me pediu uma caneta emprestada para preencher os papéis devidos ao chegar no nosso destino. Eu o emprestei minha caneta. Ao terminar, sendo muito gentil, me perguntou a minha nacionalidade. Ele explicou que era Chileno mas tinha se tornado cidadão americano e morava em Pelham. Eu lhe disse que estava indo para White Plains e ele falou que sua esposa estava vindo buscá-lo e que eles me deixariam no meu destino final porque estava no caminho da casa deles de qualquer forma. Uma simples caneta às vezes faz coisas maravilhosas!