"Águia em ninho de coruja"

Poemas | Marlete Dacroce
Publicado em 25 de Maio de 2022 ás 22h 37min

Águia em ninho de coruja

Vim a este mundo com espirito livre
Queria bem alto voar
Mas a mãe natureza por um momento de incerteza
No ninho de coruja me deixou

Ali nasci e coruja me tornei
A noite era tormento vivia em alerta, vigilante
Sentia-me diferente aos irmãos
Eu queria o céu cruzar.

A certeza de que coruja não queria ser não
Reprimida ensinada dia após dia

Isso não pode!...

Aquilo não pode não!

As gritarias de coruja me atormentavam

Então fugi querendo me encontrar
Passei por lugares áridos difíceis de travessar
Até que cheguei a um abismo
Dali queria me jogar

Era o fim
Mas a fênix do fim recomeça
Foi quando me senti me vi
No alto planando, me reconheci

As penas de coruja endurecida

Uma a uma arranquei
Aos poucos fui me renovando

Para lá no alto estar

Uma trajetória longa a cumprir
Arrancar as garras o caminho seguir

Uma dor que não cessava

Mudar dói é como arrancar a carne dos ossos

A guerreira suporta para evoluir

Quando a dor é inevitável, o sofrimento pode ser opcional
Essa águia é determinada aceita as dores.

Para a leveza da alma

Bate forte contra as rochas se necessário for

Jamais desisti dos raios e das tempestades
Alma livre supera
Se refaz, renasce em um instante
De coruja a águia em sua plenitude.

 

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