ACHO-TE E PERCO-TE
Acho-te livre e apetecida
Como as flores brancas da savana
Sozinha me esperando na cabana!
Perco-te na fria madrugada
No despertar encantado da passarada
Em meio à cálida manhã ensolarada!
Acho-te insinuante quando nua
Nos sonhos treslouca como gira alua
Como se eu fosse uma propriedade sua!
Perco-te na saudade mais obtusa
Nas lembranças parcas muito confusas
Será a minha deusa, musa ou medusa!
Acho-te e digo o que sinto
Em lágrimas e suspiros tão sucintos
Entre dores e amores, que pressinto!
Perco-me no limiar do labirinto
Perdido nos anagramas de Olinto
embriagando-me pelo azul do absinto!
Acho-te no coração latente
Quando me ama apaixonadamente
Sem lamentos ou lamúrias, profusamente!
Perco-te e acho-te
E viver também é achar-se
Mesmo que perdidamente!
Edbento
Comentários
Ora perder, ora achar, eis as nuances da paixão! Parabéns!
Enoque Gabriel | 05/06/2022 ás 19:59 Responder Comentários