A VIDA PELA JANELA

Prosa Poética | Maria de Fátima da Silva Duarte
Publicado em 31 de Janeiro de 2024 ás 16h 01min

A VIDA PELA JANELA

 

Cai a chuva:

Abro a janela, afasto as cortinas e,

Vejo a vida pulsando lá fora...

Um ramo de roseira pendendo com suas rosas

Vermelhas e ensopadas com as gotículas pingando!

O cacto com suas pequenas flores arroxeadas sorrindo!

A brisa leve açoitando os galhos da ora-pro-nóbis de onde

As minúsculas gotas d’agua em suas folhas engorduradas.

Enquanto os pardais se encolhem nos beirais uma corruíra

Em seu ninho, solta um sibilo nervoso, deu fome, mas a

Chuva, agora fininha, não a deixava sair do ninho para se

Alimentar e aos filhotes que também famintos piavam...

Nesse instante como uma flecha certeira o beija-flor, atravessa

 Veloz e enfiando seu longo bico encurvado em todas as flores!

Rápido...assim como veio, voltou pelo mesmo espaço minúsculo

Entre os muros e os telhados...

Sinto o cheiro dos jasmins,

 O lírio se apresenta garboso entre as folhas, meu

Olhar se depara com as pétalas enxarcadas das hortências rosadas,

Que cultivo com carinho, para meu deleite!

Como não amar! Extasiada com tanta beleza!

Observo...parou de chover e duas borboletas amarelas sobrevoam!

Livro: ANTOLOGIA TECENDO VIDAS

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