A VIDA PELA JANELA

Poemas | Maria de Fátima da Silva Duarte
Publicado em 04 de Outubro de 2022 ás 18h 05min

A VIDA PELA JANELA

 

Cai a chuva:

Abro a janela, afasto as cortinas e,

Vejo a vida pulsando lá fora...

Um ramo de roseira pendendo com suas rosas

Vermelhas e ensopadas com as gotículas pingando!

O cacto com suas pequenas flores arroxeadas sorrindo!

A brisa leve açoitando os galhos da ora-pro-nóbis de onde

As minúsculas gotas d’agua em suas folhas engorduradas.

Enquanto os pardais se encolhem nos beirais uma corruíra

Em seu ninho, solta um sibilo nervoso, deu fome, mas a

Chuva, agora fininha, não a deixava sair do ninho para se

Alimentar e aos filhotes que também famintos piavam...

Nesse instante como uma flecha certeira o beija-flor, atravessa

 Veloz e enfiando seu longo bico encurvado em todas as flores!

Rápido...assim como veio, voltou pelo mesmo espaço minúsculo

Entre os muros e os telhados...

Sinto o cheiro dos jasmins,

 O lírio se apresenta garboso entre as folhas, meu

Olhar se depara com as pétalas enxarcadas das hortências rosadas,

Que cultivo com carinho, para meu deleite!

Como não amar! Extasiada com tanta beleza!

Observo...parou de chover e duas borboletas amarelas sobrevoam!

 

Comentários

Que lindo observar. Fui capaz de vizualizar pela sua decrição. amei.

Eidi Martins | 04/10/2022 ás 19:46 Responder Comentários

Que bela prosa poética! Você descreve de forma inusitada que até parece estarmos sentindo cada nuance!

Enoque Gabriel | 05/10/2022 ás 09:29 Responder Comentários

A vida pela janela é um encanto! Ah, e as duas borboletas, que sensação de liberdade!

Rosilda vaz | 13/10/2022 ás 16:36 Responder Comentários

Eu me senti debruçado nessa janela contemplando toda essa riqueza.

Josivaldo Santos | 23/05/2023 ás 00:06
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