A verde macieira
Poemas | Antologia Enoque Gabriel de Moraes e Convidados - Pétalas da alma | Romeu DonattiPublicado em 01 de Março de 2024 ás 13h 28min
Ao pé da verde macieira
Há uma cruz de madeira erguida
É sinal que num ido tempo
Ali, sepultou-se uma vida
Na Fazenda Flor-de-lis
Havia um Romeu e uma Julieta
De sina breve e infeliz
A velha história se reescreve
A sinhá filha do patrão, delicada e sonhadora
Pelo capataz rude se enamora
Mas sangues tão distintos não se misturam
E o patrão mandou o empregado matar
Só que a vida traiçoeira
Fez o destino de todos mudar
O tiro que era para o capataz
Acabou por acertar a branca sinhá
E o que se ouve desde então
É um velho triste a chorar
Ao pé da verde macieira
Há uma cruz de madeira erguida
É sinal que num ido tempo
Ali, sepultaram-se três vidas!
Comentários
Uma triste história contada por um mestre da poesia. Poeta que sabe como, apesar da história triste, nos encantar com sua majestosa poesia! Obrigado, poeta!
Égamo | 09/06/2024 ás 12:26 Responder Comentários