Carlos Eduardo Taddeo é um escritor, rapper e militante, é um guerreiro de fé e está sempre atuante. É representante do barraco e por nós considerado defensor do favelado. Sua infância precária despertou a sua mente revolucionária. Quase foi para o crime, mas pelo rap foi resgatado, foi salvo por uma fita do equipado. Enfrentou ameaças e censura, mesmo assim manteve sua postura, não vendeu sua ideologia, com humildade, respeito e moral fez história no grupo Facção Central. Saiu da estrada da dor, passou pelo castelo triste, mas um combatente não se entrega, não desiste. O soldado que não teme a morte, não municia o inimigo, não vacila no jogo, nem se assusta com o perigo.

Se quiser bater de frente, aí Boy tenta a sorte, quero ver se tu consegue, no campo de extermínio a marcha fúnebre prossegue. A playboyzada escuta, se assusta e estranha, jamais saberá o que é ser rei da montanha. Pode crer, eu sei dos meus passos e você sabe dos seus, o menino do morro virou Deus. A guerra não declarada na visão de um favelado, mostrou o tanto que o Brasil é embaçado. Da quinta série de escolaridade ao PHD em vida, a trajetória não é enredo de novela e nem coisa parecida. O Edu continua com disposição, mesmo sabendo que os porcos querem seu caixão. Mando um salve para os manos e para as minas, nós estamos sobrevivendo na era das chacinas. A arrogância dos bacanas provoca risos, o bagulho é louco no necrotério dos vivos.