A Prendinha e os Livros
Poesias Gaúchas | Antologia Clube da Poesia e Declamação Gaúcha | Susana Graciela Zuanazzi CapitanioPublicado em 29 de Outubro de 2025 ás 18h 27min
A PRENDINHA E OS LIVROS
Existem prendinhas delicadas,
Sempre cheias de fitinhas.
Com roupinhas bem passadas,
Nunca largam suas bruxinhas.
Tem prendinhas mais travessas,
Que gostam muito de brincar,
Também tem as mais espertas,
Nunca param de inventar.
Sou do tipo mais discreto,
Gosto muito das histórias
Tenho um livro sempre perto,
Do meu Pago e suas memórias.
As aventuras que eu vivo,
Estão dentro do meu quarto,
Luto em guerras, sobrevivo,
Quase morro de infarto!
Em especial, uma empreitada,
De um estado bem miúdo,
Me deixou muito espantada,
Até parece um absurdo!
Chamam de Guerra do Farrapos,
Mas nasceu Revolução,
O Rio Grande acabou em trapos,
E deu trabalho à Nação
Pela minha pouca idade,
Foi um pouco complicado,
Entender a necessidade,
De um conflito armado.
Mas logo compreendi,
O Rio Grande queria justiça,
Pelas riquezas que havia ali,
Havia muita cobiça.
Dez anos se passaram,
Dessas lutas incessantes,
E as vidas que levaram
Não são menos importantes.
Filhos do solo brasileiro,
Defendendo seus ideais,
Morreram como guerreiros,
Mesmo em busca da paz.
As lições que os livros trazem,
Nós podemos aprender,
Os erros que os homens fazem,
Não precisamos refazer.
Com essa Revolução,
Não foi nada diferente,
Aprendi como a ambição
Pode matar tanta gente.
Dentro do meu quarto rezo pela paz,
Peço a Deus em oração,
Para que não aconteça mais
Tanta morte e divisão.
Deus defenda nossa Pátria
E nos livre dos perigos,
Não permita que por raiva
Nos tornemos inimigos.