A Parede
Imóvel ela vê o tempo passar,
Várias cores, que até esqueceu,
Hoje a textura veio a calhar,
Como um bordado que alguém teceu.
Feias, manchadas e sem reboco,
Lindas, grafitadas e brilhantes,
Pichadas, acabadas e sem esboço,
Crianças, que desenham a todo instante.
São novas, modernas ou seculares,
Testemunham nossa trajetória,
São imponentes em todos os lugares,
Fazem parte de toda história.
São vernissage, expositoras naturais,
De quadros com diversidades,
Pregos, taxas não doem mais,
É o sacrifício de mostrar beldades.
Seguraram a vida sem dimensão,
E embalam o mundo em uma rede,
Não cobram pela santa proteção,
Elas são estáticas, apenas paredes.
ADAILTON LIMA
Comentários
Formosura de arquitetura com as palavras!
Jaque Monteiro | 26/09/2024 ás 13:27 Responder Comentários