A menina transparente

Contos | 2024/5 Antologia Páginas entrelaçadas: poetas em sintonia | Giovanna Barros
Publicado em 25 de Maio de 2024 ás 14h 58min

Uma estrela fugaz atravessa o céu marcando o início de um novo dia. Marcos está em casa, sozinho, de férias, pensando em uma garota que acabou de conhecer. Ela é alta, magra, de pele incrivelmente branca e cabelos negros.

Ele está entediado. Já tentou de tudo: televisão, livros, nada prende sua atenção. Resolve, então, dar uma volta pelo jardim do condomínio.

Chegando lá, algo chama a sua atenção- na sombra (na copa) de uma árvore há um nariz cortado (no início pensava que fosse uma maçã, mas ao tentar pegá-la, que surpresa!)

Assustado, começa a correr pela vizinhança, quando, de repente, vislumbra a menina de quem gosta, mas há algo de errado com ela, sai sangue pelo seu nariz.

Certo de que era sua chance de falar com ela (ajudá-la), ele se aproxima. Porém, ao chegar perto, ele vê apenas um morcego voando.

Marcos não acreditava no que seus olhos viam. Seria ela uma vampira? Ou algo havia acontecido com ela?

Desesperado, ávido por descobrir alguma coisa, alguma pista, corre para a biblioteca da escola, mas lá não havia o tipo de livro que ele procurava.

Decide, então, ir até uma pequena livraria esotérica perto dali. Pega um livro sobre vampiros que dizia que vampiros tinham a pele branca, cabelos negros e se transformavam em morcegos quando algo os ameaçava. Nem todos sugam sangue humano, alguns se alimentavam de pequenos animais.

-E agora - pensou - estou apaixonado por uma vampira! Talvez ela não queira meu sangue.

Pensando em como conquistá-la sem ser mordido , resolveu usar perfume, para atraí-la e disfarçar o cheiro de sangue. 

Já era noite quando chegou na esquina de casa. Lá estava ela, bela e esvoaçante. Chegou perto e algo inesperado aconteceu: beijaram-se e ficaram juntos pelo tempo que tinham.

No outro dia, ao acordar, percebeu que tudo não passará de um sonho (será?) e se arrumou para voltar ao colégio, pois as férias acabaram.

Ao chegar lá, o professor apresenta uma nova aluna, Miranda, alva como a lua e cabelos negros como a noite.

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