Certo dia, ele apareceu,
Não bateu na porta,
Não pediu licença,
Só entrou,
Grande, forte, majestoso.
Assustada a menina
Tentou fugir,
Mas ele a seguiu,
Era quente,
Insistente,
Provocava arrepios.
No começo, ela chorava de medo,
Achava que ele iria ir embora,
Se ela o ignorasse,
Mas ele não foi.
Dormiu ao lado da cama,
Sentava ao lado nas refeições,
Se refletiu no espelho,
Sussurrava no silêncio,
Pulsava no peito.
Ela tentou resistir,
Quis expulsa-lo,
Se sentia culpada por não
Conseguir se livrar dele.
Até que um dia…
Ela começou a gostar,
E parou de lutar.
E, em vez de correr,
Olhou de perto,
Viu que ele não era um monstro,
Era um sentimento que havia perdido,
Algo muito importante.
Era uma vontade tomando forma,
Uma oração sendo atendida,
Um desejo se realizando.
E então a menina e o amor próprio
Passaram a caminhar juntos,
E ele se tornava cada vez mais quente,
E acolhedor.
Ela passou amar a viver com ele,
Sem tentar escondê-lo,
Sem tentar fugir,
Sem brigas e sem dor.
Porque ela entendeu que esse amor,
Era o melhor jeito de continuar existindo,
Ela precisou de tempo,
Aceitou que precisa do amor próprio,
Como parte da sua vida,
Por escolha,
E também por sobrevivência.
E assim, a menina seguiu…
Com sorriso nos lábios,
Com brilho nos olhos,
Com alma leve,
Como jamais alguém já havia visto.
Carregava ainda na memória
O vazio que já não existia
Mas isso não impedia de transbordar amor
Seguiu aprendendo,
Se empoderando,
Se valorizando,
Dia após dia, mais e mais, se amando.
Comentários
São facetas de um amor que somente o tempo é capaz de revelar! Bela reflexão romântica!
Lorde Égamo | 26/07/2025 ás 09:33 Responder Comentários