No canto oculto da noite tranquila,
Surge o poeta, alma sensível que perfilha
Versos dançantes, palavras que brilham,
Tecendo sentimentos, como estrelas, cintilam.
Seu coração é mar, de profundos mistérios,
Das dores mais fundas, dos amores etéreos.
Seus olhos, janelas que vislumbram sinfonias,
Da vida, dor e alegria, tece rimas e poesias.
Com a pena, transforma o cotidiano em magia,
Cada linha é uma centelha de nostalgia.
Os risos são metáforas, as lágrimas são setas,
No papel, ele encontra a essência dos poetas.
Nas madrugadas, silêncio e brisa leve,
Ele encontra a alma nas palavras que escreve.
Desenha universos com um simples traço,
De um mundo invisível, traz a vida no regaço.
Ah, como é grande o peso dessa dádiva rara,
Cada verbo é ternura, cada adjetivo uma vara.
No compasso da rima, seu espírito flutua,
Na prosa, encontra o que a realidade insinua.
Vagueia entre sombras e luzes, sem fronteira,
Seu nome é incógnita, sua verdade é primeira.
Por mais que o tentem aprisionar, ele se revela,
Pois o poeta é vastidão, pintura em aquarela.
Sonha acordado, entre um verso e outro sonho,
Seus desejos são ventos pelo tempo medonho.
Abre o peito à inspiração, deixa a alma desnuda,
E escreve, na eternidade, sua rima profunda.
Por isso, quando leres, saberás a essência,
De quem desabrocha em pura transcendência.
Sou o poeta, criador de mundos e horizontes,
Minha escrita é o eco de eternas fontes.
Comentários
É na obscuridade das névoas pensantes, que surgem palavras ocultas em mistérios. Lindo poema. Parabéns!
Rosilene Rodrigues Neves de Meneses | 19/06/2024 ás 16:12 Responder ComentáriosNão posso me furtar a comentar tão belo ensaio, que versa sobre todos os poetas, sobre a razão de escrever e descrever sentimentos através dos sentimentos. Parabéns escultor de palavras, bravo!
ADAILTON LIMA | 19/06/2024 ás 20:40 Responder Comentários