A LOUCURA DO POETA

Poemas | Iziz De Andrade
Publicado em 03 de Março de 2022 ás 11h 03min

A LOUCURA DO POETA

 

O poeta desliza sua pena no meio do mundo

Descreve, desfere golpes com luvas de pelicas

Floreia, encanta, remenda e grita.

Rabisca histórias, cria estórias.

 

Emoldura sentimentos, perola lágrimas.

Inventa palavras... quando as que já existem não são suficientes para extravasar o vulcão de sua alma.

 

Baila com as sílabas, brinca com os homônimos, homófonos e parônimos.

Mordo a manga, passo a manga... Não manga de mim não...

Forjo minhas palavras no aço e asso o pão que o diabo amassou.

Posso escancarar,  esbravejar, sacanear e chuá... chuá... afouuus

 

Zombar da morte com maestria

Chorar em rimas entre risos

Enfeitar o frio infernal com gotícula eternal.

Dar asas a anjos e compor estrofes ao som do bater de uma asa aqui outra ali.

 

Elevar orações aos céus em meio aos versos suplicantes com emoção

Entender a alma da mulher e pular corda colorida na praça salpicada de bolinhas de sabão.

Pular de um mundo pro outro voando dentro do cesto de um balão

Aos acordes de um simples violão

 

Deflagrar a guerra dos sexos

Ou eternizar um amor escondido, esquecido no fundo do coração

Compor as notas das guerras dos mundos

Ou saborear o vinho na boca de Baco... deitado na curva da lua em cima do barracão.

 

Obs.: Este poema faz parte do livro Iziz de Andrade e seus Convidados. 

Comentários

Gostei do seu poeta louco que saboreia o vinho na boca de Baco! Genial! Parabéns!

ENOQUE GABRIEL | 22/03/2022 ás 17:08 Responder Comentários
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