A JORNADA DA ESPERANÇA

Poemas | 2025 - ABRIL - Folhas ao vento: fragmentos de outono | Amanda Mazzei
Publicado em 22 de Março de 2025 ás 12h 15min

No silêncio profundo que ecoa em minha alma,
onde as sombras da dor se espalham sem calma,
caminho perdido entre o ontem e o agora,
tentando entender os rastros que a vida implora.

 

Há marcas, indeléveis, que carrego comigo,
histórias não ditas, fragmentos antigos.
Mas no olhar atento, encontro um porto seguro,
onde a escuta acolhe, no silêncio, o mais puro.

 

E nos dias nublados, onde o peso é imenso,
onde a mente grita e o corpo se cansa,
há uma luz tênue, quase imperceptível,
que me chama, suavemente, para o invisível.

 

É o gesto simples de quem vê além da dor,
que enxerga na fraqueza o primeiro vigor.
É o suspiro lento que acompanha o caminhar,
como quem diz: "não desista, você vai chegar."

 

São as palavras que se entrelaçam, buscando o caminho,
onde o medo se dissolve e a esperança é o ninho.
Cada frase, um alicerce que levanta a construção,
cada silêncio, uma pausa para a reconstrução.

 

O peso que antes esmagava minha mente,
agora se dissolve na conversa envolvente.
Há em mim uma força, antes adormecida,
que acorda, vibrante, pela primeira vida.

 

Na dor, há sabedoria; no erro, aprendizado.
Na queda, a coragem de se levantar, elevado.
E ao olhar para trás, não vejo mais ruínas,
vejo lições, vejo pontes, vejo novas rotinas.

 

O que parecia impossível, agora se aproxima,
o futuro que era escuro, agora se ilumina.
Na caminhada lenta, mas repleta de cor,
encontro em cada passo, um pouco mais de amor.

 

E a cada sessão, a cada palavra dita,
a mente se acalma, a alma se agita.
Porque sei que a jornada não é só sobre curar,
mas sobre se permitir, se encontrar e se amar.

 

Nos fragmentos da esperança, teço meu ser,
nos retalhos de vida, aprendo a renascer.
E mesmo que os dias tragam nuvens a rondar,
sei que, em mim, há sempre um lugar para brilhar.

 

Cada passo, uma vitória silenciosa,
cada respiração, uma nova escolha.
E, no final, não importa o quanto eu demore,
pois sei que a luz, em mim, sempre floresce e resplandece.

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