A ideia presa da libertação
No dia treze de maio ninguém se libertou, ninguém foi libertado
Os grilhões pesados foram substituídos por mais um desempregado, e as grades das fazendas, por novos presidiários.
Uma pressão internacional, uma princesa amoral, um consorte ausente, uma ação de repente, sem preparar tanta gente, para o que vinha pela frente.
Príncipes, princesas, reis e rainhas, de reinos distantes, subjugados por maldades incessantes, juntos com súditos imigrantes, que forçados vieram ao um mundo distante.
Trabalhar à revelia, por uma causa alheia, desumana, insana, brutalidade em cadeia, subjugados e inocentes, cortando a própria veia.
Seus "senhores", eram sanguinários, te davam coice.
E sem motivos, eram levados ao açoite,
E olhavam para estrelas, com saudade da liberdade, toda noite.
Eram designados seres desalmados, não tinham alma, eram desaculturados, da essência e de todo seu legado
Mas com sabedoria, a fome foi driblada, o que na casa grande não servia, iguaria se transformava, e hoje é prato bom e comida cara.
Tentaram contra seu direito de rezar, mais uma vez usou da inteligência do pensar, misturou os santos, com o seu orixá.
E assim foi a trajetória do povo negro de outrora, que só ficou livre na história, mas as amarras, duram até agora.
Tem gente que diz defender a causa do preto, mas oferece falácias em vez de fomento, e a alienação é um grande desrespeito.
O povo negro está em todo lugar, é inevitável sua ascensão em outro patamar, está em todas as áreas que se pode imaginar, é só dá-lhe o direito do livre pensar.
Dia 13, ninguém se libertou, na história há um ato falho, e fico pensando aqui no meu imaginário, o que aconteceu dia quatorze de maio?
ADAILTON LIMA