A GANGORRA DA VIDA

Poemas | Edson Bento
Publicado em 19 de Dezembro de 2024 ás 09h 37min

A Gangorra da Vida 

 

Nada é transparente  

Quando tudo piora,  

O choro se faz presente,  

O teto cai, não demora.  

A janela se fecha, carente,  

A parede triste chora.  

 

Pela porta da frente,  

Convidada de outrora,  

Entrou toda sorridente,  

Com olhar que monitora.  

Se viu apaixonadamente  

Pela paz que agora implora.  

 

Chega e sai a toda hora,  

Quando se sente ausente;  

Bate asas e vai embora,  

E só retorna novamente,  

Forçando vontade motora,  

Não quebrando a corrente.  

 

Tudo na vida se aprimora  

Enquanto somos viventes;  

E assim nesta gangorra,  

Nós sorrimos comoventes,  

Choramos a vida opressora,  

Vivendo como transeuntes.  

 

Edbento 

 

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