O velho parque ainda estava ali. As árvores continuavam a balançar ao vento, e o caminho de pedras, gasto pelo tempo, era o mesmo de tantos anos atrás. SILVIA caminhou devagar, sentindo o chão sob seus pés, e se deu conta de que, embora tudo parecesse imutável, algo dentro dela havia mudado. 

 

Cada passo que dava era breve, como se a vida escorresse por entre os dedos. As sombras alongadas pelo entardecer se dissolviam no chão, lembrando-a de que tudo passa, tudo some. Mas então, olhando ao redor, percebeu que os gestos e as memórias que tocavam a alma ecoavam além da escuridão. 

 

O vento sussurrava nomes e risos esquecidos, carregando memórias que pintavam histórias invisíveis no ar. O tempo havia apagado rostos, marcado sua pele e levado pessoas que um dia estiveram ao seu lado. No entanto, SILVIA sabia que aqueles que haviam vivido com intensidade jamais perderiam o brilho—porque a vida verdadeira não se extingue, ela apenas muda de forma. 

 

Com um sorriso leve, deixou que o instante a abraçasse. Fechou os olhos e respirou fundo, sentindo que cada momento, por menor que fosse, era precioso. O parque, o vento, as lembranças… tudo fazia parte de sua eternidade. 

 

 

 

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