A DUALIDADE DO NADA

Poemas | Edson Bento
Publicado em 17 de Setembro de 2024 ás 21h 02min

A Dualidade do Nada

Antes de tudo, mais nada.  
Se ao pó voltaremos um dia,  
é porque realmente nada valia.  
O que nada adianta nesta estrada  
é seguir esta vida empoeirada,  
esperando que, antes de tudo,  
o nada acabe com essa agonia!

Se a felicidade é feita de nadas  
pequenos,  
deduzimos que existem os nadas  
menores.

Nada de tristezas,  
menos incertezas.  
Nada de torturas,  
menos ranhuras.  
Nada de mortes,  
menos sepulturas!

Apesar do nada estar presente  
em tudo,  
dizemos que nada e tudo pertencem  
ao absoluto.

Tudo que se constrói  
do nada se destrói.  
De tudo que se perde,  
nada se concede.  
Mas tudo que não morre  
nada apodrece!

O nada está sempre ao nosso lado,  
embora seja embutido e camuflado.  
O nada faz parte do nosso futuro,  
do presente e do nosso passado;  
o nada, apesar de tudo,  
é nosso aliado!

Edbento

Comentários

Filosofar sobre o "nada", brilhante!

Lorde Égamo | 20/09/2024 ás 08:19 Responder Comentários
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