A dança

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 22 de Dezembro de 2025 ás 08h 57min

A dança, 

um brilho frágil na escuridão vasta, 

movimentos lentos, um código sussurrado. 

 

Foi um sinal, 

dizem os antigos, gravado a fogo 

nas constelações distantes, um mapa perdido. 

 

Deixado além das estrelas, 

uma promessa, talvez, ou um aviso esquecido, 

ecos de uma língua que o universo falava. 

 

Aí meu Deus, 

a ponta dos dedos coça, a mente ferve, 

desejo decifrar o ritmo, sentir a melodia oculta. 

 

Quem dera eu soubesse, 

o que cada passo significava, 

para onde levava a espiral cósmica. 

 

Quem dera entender 

se era amor, dor, alegria ou despedida, 

impressa nas luzes tremeluzentes. 

 

Mas a dança se foi, 

espalhada em poeira estelar, 

deixando apenas a saudade e a pergunta. 

 

Quem dera.

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