A CONSTRUÇÃO DO SABER: VALORES NA EDUCAÇÃO

Crônicas | Antologia Literatura e educação: Construindo conhecimento e valores | Edson Bento
Publicado em 27 de Agosto de 2024 ás 11h 04min

**A Construção do Saber: Valores na Educação** 

  

Era uma vez um pequeno planeta chamado Sabedoria, onde a informação era a base essencial da vida de seus indivíduos. As cidades eram decoradas com livros, e cada residência exibia murais que relatavam ensinamentos de grandes pensadores e inventores. No centro do planeta, havia um educandário que se sobressaía, não apenas pela sua forma arquitetônica, mas também pelos princípios que desenvolvia. 

  

O professor Carlos era a alma do educandário. Com seu chapéu amassado e óculos sempre deslizando pelo nariz, ele era conhecido por seu estilo único de orientar. Para ele, ensino não era apenas divulgar conhecimentos; era uma preparação pública. Em suas lições, os estudantes não eram meros ouvidores, mas reconstrutores dos fundamentos. 

  

Em um dia desanuviado, Carlos resolveu executar um exercício especial. Convidou os estudantes a trazerem pertences que representassem princípios importantes para eles: afeto, educação, bravura e integridade. Os estudantes apresentaram de tudo: correspondências escritas à mão, rochas encontradas em recreações domésticas e até jogos que carregavam narrações e histórias. 

  

Quando todos se encontravam agrupados em círculo, Carlos solicitou que cada um partilhasse o sentido do pertence preferido. A jovem Alice ergueu-se calmamente e apresentou um laço vermelho. “Esse laço representa o comprometimento que sinto pela minha família. É um sinal de que temos de zelar uns dos outros”, expressou ela com uma vivacidade em seu semblante. 

  

Logo após, Marcos mostrou um troféu de honra ao mérito que ganhou por sua coragem ao encarar seus receios e medos. “A coragem não é a ausência de medo, mas sim a decisão de seguir em frente apesar dele”, descreveu ele, reivindicando que todos refletissem sobre suas devidas lutas internas. 

  

À medida que os estudantes compartilhavam suas histórias, ficou claro que o entendimento não se restringia aos ensinamentos tradicionais; ele encontrava-se muitíssimo entrelaçado com os preceitos que conduziam em seus corações. A educação se restituía a um universo sagrado no qual, se construíam, não tão-só, mentes brilhantes, bem como, indivíduos argutos e compreensivos. 

  

Carlos percebeu com contentamento enquanto a classe se enchia de risos e choros emocionados. “Olhem”, disse ele ao fim da atividade, o legítimo conhecimento é aquele que nos transmuda, transforma e nos completa, nos fazendo súperos. Assim adquirimos conhecimentos sobre nós mesmos e sobre o outro, passamos a construir um mundo melhor. 

  

Ao final das atividades, os estudantes deixaram o educandário não apenas com mais aprendizado e teoria, mas com a convicção de que a educação vai mais adiante das amuradas salas de aula. Todos levariam dentro de si os valores partilhados e o entendimento de que cada recente aprendizado era uma produção de forma construtiva e coletiva-uma ligação que os interligava mutualmente. 

  

Assim sendo, no pequeno planeta da Sabedoria, o conhecimento prosseguiu florescendo e frutificando no jardim do educandário — fremente, matizado e repleto de vida! Em suma, educar é construir um porvir onde valores são de maneira tão relevantes quanto os ensinamentos aprendidos nos livros. 

  

Edbento  

  

  

Comentários

Meu querido Ed Bento, como sempre perspicaz, nos seus textos. A prosa sintetizou bem o que esperamos do binômio, literatura e educação.

ADAILTON LIMA | 05/09/2024 ás 11:13 Responder Comentários

Excelente sua crônica, poeta! Para nossa sociedade é uma utopia, porém possível. Bastaria que esse aprendizado começasse pelos próprios educadores.

Lorde Égamo | 07/09/2024 ás 10:16 Responder Comentários
'

Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.