O vento rodopiou em redemoinhos de poeira,
trazendo folhas, ciscos e resíduos de sujeira.
Nuvens densas agrupavam-se no firmamento.
Relâmpagos lampejantes afoguearam os céus.
Trovões estrondosos estalaram ensurdecedores.
E aos poucos pôs-se a chover... Chuááááá!!!
Em setembro, a chuva do caju tão aguardada!!!
Choveu sossego, choveu alegria,
choveu abençoada, trouxe brisa fria.
Caiu furiosa, banhou a grama descalvada.
Lavou telhados, irrigou a terra esturricada.
Envergou árvores,
destelhou casas,
banhou sonhos e asas.
A lavoura verdejou novamente.
O homem em sua prece,
ligeiro louva e agradece;
pois sabe que a chuva,
como se o caju fosse,
é, por vezes, agridoce!
Livro: O que quero da vida