A chuva do caju

Poemas | Romeu Donatti
Publicado em 21 de Abril de 2024 ás 21h 33min

O vento rodopiou em redemoinhos de poeira,

trazendo folhas, ciscos e resíduos de sujeira.

Nuvens densas agrupavam-se no firmamento.

Relâmpagos lampejantes afoguearam os céus.

Trovões estrondosos estalaram ensurdecedores.

E aos poucos pôs-se a chover... Chuááááá!!!

Em setembro, a chuva do caju tão aguardada!!!

Choveu sossego, choveu alegria,

choveu abençoada, trouxe brisa fria.

Caiu furiosa, banhou a grama descalvada.

Lavou telhados, irrigou a terra esturricada.

Envergou árvores,

destelhou casas,

banhou sonhos e asas.

A lavoura verdejou novamente.

O homem em sua prece,

ligeiro louva e agradece;

pois sabe que a chuva,

como se o caju fosse,

é, por vezes, agridoce!

Livro: O que quero da vida

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