A Aurora
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 25 de Dezembro de 2025 ás 12h 28min
A aurora está descendo, dos céus,
não como um estrondo, mas um sussurro,
uma mancha de tinta rosa
espalhando-se em azul.
Lentamente, o sol recua,
cedendo espaço à noite,
um manto estrelado tecido
em fios de prata e escuridão.
As árvores alongam seus braços,
silhuetas contra o crepúsculo,
guardiões silenciosos
de um segredo que a noite conta.
O ar se torna fresco,
trazendo consigo o cheiro da terra,
um perfume úmido e profundo,
uma promessa de descanso.
A aurora desce,
e com ela a calmaria,
o mundo desacelera,
preparando-se para sonhar.
Uma suave melancolia
tinge os últimos raios de luz,
um adeus gentil,
uma esperança de um novo amanhã.
Agora, o céu é um palco,
onde as estrelas dançam,
pequenas luzes cintilantes,
em um balé eterno.
A aurora desceu por completo,
e a noite reina,
um reino de silêncio e mistério,
onde os sonhos ganham asas.