A Arte de Lavar Louça

Poemas | Carlos Roberto Ribeiro
Publicado em 01 de Julho de 2024 ás 15h 30min

Na pia repousam, em prol do brio,
Pratos cansados de um longo jantar.
Alguns mais leves, de passatempo,
Outros que a gordura teima em manchar.

Louças engorduradas exigem paciência,
A água quente, o sabão aliado.
Esfrego com vigor e perseverança,
Até que o brilho seja restaurado.

As facas afiadas, de corte preciso,
De molho deixo para facilitar.
E os copos, frágeis, delicados no toque,
Dão-se à espuma, rápidos a brilhar.

Panelas pesadas, feridas de óleo,
Reclamam atenção, braços fortes no pulso.
Com esponja áspera, vigor incansável,
Transformo o caos num sereno fluxo.

E logo vêm os talheres finos,
Que na batalha foram os primeiros.
Enfileirados, banhados de luz,
Param na grade, escorrem inteiros.

Aos poucos, a pia resplandece limpa,
As louças todas, postas a secar.
A ordem reina na cozinha agora,
O trabalho findo, o lar a abraçar.

Assim, a dança completa se encerra,
A organização reina imaculada.
A cozinha reluz com seu novo estado,
Um templo de paz, pela mão dedicada.

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