A alma

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 04 de Dezembro de 2025 ás 20h 02min

A alma nada no abismo profundo das estrelas, 

um mar de luz fria, 

onde o tempo perde a forma. 

 

Flutua, 

um espectro sem peso, 

entre constelações sussurrantes, 

ecoando segredos antigos. 

 

A vastidão a abraça, 

silêncio cósmico, 

interrompido apenas pelo pulsar 

de corações celestes distantes. 

 

Deixa-se levar pelas correntes etéreas, 

uma dança sem fim, 

nos redemoinhos de nebulosas coloridas, 

pintando a tela escura da existência. 

 

No fundo, 

a solidão se dissolve, 

transformada em pura contemplação, 

uma comunhão com o universo, 

a essência primordial. 

 

E na viagem, 

descobre fragmentos de si, 

estrelas cadentes de memórias, 

uma cartografia do ser, 

escrita em poeira estelar. 

 

Retorna, talvez, 

com a marca do infinito, 

um brilho novo nos olhos, 

a certeza de que o abismo, 

é lar.

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