Consigo lembrar do som

Ecoando na escuridão

Mármore a se partir, pedras a deslizar

Algo rompeu, eu ouvi, se desfez no ar

Em sentidos, pude captar 

A essência a libertar o cativo 

Um toque, um encontro abrupto 

Na vasta dissonância do mundo 

Tal ajuste exigiu um esforço profundo 

Mas

Senti

A alma tocou o prisioneiro,

 

Finalmente uno!

 

Esse sou eu, imortal viajante

Agora inteiro, fusão perfeita 

Eterno andante, 

De missões e sonhos, um amante, 

Preciso cumprir

A tudo que eu me propus a servir

Enquanto sou esse corpo ocupante.

 

Demorei, eu sei

Nas muitas provas que encontrei

A caverna se fechava mais e mais

Aceito que era para ser minha história

Minha saga enfrento, 

Na memória, de cada momento eleito um atalho

Que deixarei nesse mapa escondido

Em todas as cavernas que encontrar

Antes de ir embora

Ninguém depois de mim ficará perdido!

Comentários

Meu caro, seus escritos nos remete a um filme nas montanhas em cavernas esquecidas em algum cânion. Mas a poética empregada nos dimensiona psicologicamente para além da aventura, pois a subjetividade na poesia, pode nos levar além do que imaginamos. Parabéns!

ADAILTON LIMA | 25/04/2024 ás 13:06 Responder Comentários

Em primeiro lugar as boas vindas à Família Literária ao poeta Ricardo Guedes. Seu poema é ótimo. Cheio de ricas nuances. Parabéns!

Égamo | 25/04/2024 ás 13:35 Responder Comentários
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