Falando com nosso homenageado

1 - AL: Como foi o seu primeiro contato com a literatura?

R: Frederico: Aos seis anos, na Escola Municipal FlorizaBouez em Guajará-Mirim/RO estudando o pré-escolar tive o contato com as primeiras literaturas, ainda lembro do famoso conto de fadas “A nova roupa do rei”, esta é obra mais antiga que lembro ter lido, achei muito interessante e de fato marcou, e até hoje tiro lições valiosas desse conto.

2 - AL: Fale-nos um pouco do seu trajeto literário e quando você começou a escrever os contos e poesias.

R: Frederico: Aos doze anos comecei a escrever poesias e romances em vários cadernos. Infelizmente esses cadernos estragaram-se pelo tempo e mudanças que fiz, mas ainda tenho alguns poemas nos cadernos da época do Ensino Médio. Lembro que fiz um poema para ser declamado no aniversário do município de Ouro Preto do Oeste-RO, eu devia ter uns treze anos na época.

3 - AL: Como é o seu processo de escrita literária? Qual é a sua inspiração?

R: Frederico: Leio muito e de tudo, e ao ler, procuro atentar-me às palavras e termos desconhecidos, e com isso, pesquiso fazendo uma série de conexões. Isso tem me possibilitado adquirir uma gama de conhecimentos que me motivam a escrever. Minha inspiração é a vida. Quando caminho poetizo, faço reflexões, produzo contos. Às vezes ao deitar começo a pensar em um enredo e para não perder a ideia, gravo no smartphone o conto imaginado e depois o escrevo no Google docs.

4 - AL: Você é professor, como você vê a literatura hoje na sala de aula no dia a dia com os alunos?

R: Frederico: Sou matemático, mas falo com todas as letras que a literatura está diante de qualquer disciplina. Em minhas aulas procuro trazer contextos que exijam leituras e incentivo os estudantes a lerem livros.

5 –Qual o papel da literatura na formação de adolescentes e jovens?

R: Frederico: A literatura nos informa, nos renova e nos permite realizar viagens maravilhosas e, por isso, é essencial que se faça presente na vida das pessoas. Crianças, adolescentes, jovens, pessoas de qualquer idade, precisam estar envolvidas com a literatura, pois dessa forma adquirirão um bom vocabulário, criatividade, conhecimento, profundidade, lucidez, sensatez e muitas outras virtudes.

6 - AL: Quantas vezes você revisa seus textos antes de sentir que eles estão prontos? Você mostra seus trabalhos para outras pessoas antes de publicá-los?

R: Frederico: Sempre reviso os textos, principalmente contos e não os divulgo a ninguém antes de publicá-los.

7- AL: Quais escritores influenciaram o seu processo de criação literária, desde o início?

R: Frederico: Como dito alhures, leio de tudo, mas tenho minhas preferências, e não sei precisar se ou quais escritores tenham me influenciado no processo de criação literária. Tenho ideias, oriundas do recôndito, não consigo ainda definir meu Eu Lírico, conto com os críticos da literatura para tal.

8 - AL: Quais são os seus próximos projetos literários?

R: Frederico: Pretendo publicar um livro solo de poesia e um de contos. Para mim, escrever é viver, tanto que meu projeto literário no momento chama-se “Respirando Poesia”. Tenho alguns poemas acessíveis no site Recanto das Letras, produzo podcasts com declamação de poemas e reflexões, os quais divulgo no Facebook e Instagram.

9 - AL: Quais são seus escritores / livros favoritos?

R: Frederico: Gosto dos clássicos da literatura brasileira e universal, amo Victor Hugo e sua obra “Os miseráveis”, os contos de Shakespeare, Machado de Assis e suas várias obras, “O seminarista” de Bernardo Guimarães, “Lucíola” de José de Alencar, os contos de Clarice Lispector. Gosto muito dos nossos famosos filósofos brasileiros Clóvis de Barros, Cortella, Karnal e Pondé, estes eu acompanho semanalmente ouvindo e lendo matérias deles.

12 - AL: O que você acha que mudou no seu processo de escrita ao longo dos anos? O que você diria a si mesmo se pudesse voltar à escrita de seus primeiros textos?

R: Frederico: A língua é algo super mutável, de acordo com a cultura, as leituras, o conhecimento de mundo. É flexível e é moldada pelo tempo e espaço. Não mudaria nada em minha escrita, pois o que escrevi no passado retrata a realidade que vivi na época. Meu vocabulário bem como uma série de análises discursivas mudou ao longo do tempo, e isso é o legal, sentir essas mudanças expressas na escrita.

13–AL: Qual dica você deixaria para escritores iniciantes, com base em suas próprias experiências?

R: Frederico: Ler e ler muito. Mas não leituras apressadas. Ler comedidamente. Ler com carinho, apreciando a leitura. Isso proporcionará bagagens para a produção escrita.